Que sobrevivia de sonhos e inquietudes desconcertantes
Dançando agora em palcos alheios, além de meus olhares
Flutuando entre inverdades e nobres valsas dançantes
Pensava eu, que seria apenas meu, todo amor que nunca foi
E era tão certo ao dizer que tinha por completo as
palavras ditas
E apenas certo foi o dia em que o trem cortou os trilhos
da partida
Levando embora sorrisos
e desesperos de outras vidas mal vividas
Bailarina, de dança triste, incólume com os sentimentos
Afagando no peito calado a partida vazia ao descaso
Entre os avessos da alma, via-se a si mesma nos palcos,
esquecida.
Dançando sobre os escombros dos velhos pensamentos
Sorria ao dançar com o choro engolido entre a alma e os
passos
Fingindo novamente ter seguido em frente na grande dança
que é a vida