segunda-feira, 30 de setembro de 2013

De volta aos Blocos de Papel II


A gente conta os dias
Conta os meses, o ano.
Conta a verdade,
Conta a mentira.
A gente conta com os amigos,
Conta piadas sem graça,
Conta as saudades e as lágrimas.
Porque a vida é uma matemática.
Cheia de contos de fatos.

domingo, 29 de setembro de 2013

Como salvar uma vida?


















Não há na vida, qualquer aviso dos tropeços futuros
Nem sinais presentes no decorrer de um longo dia
Que venha nos avisar que em alguma dessas esquinas
Esteja o nosso amor acalantado em novas poesias.
Não há sobreaviso dos nossos erros ainda não cometidos
Nem paixões sobrescritas em receitas médicas quem venham a nos curar
de todos os males, de todos os tropeços, de todos os devaneios
mas há sim, um acaso escondido que nos dita todo o ritmo
E que vira rima em canções antes não ouvidas sobre como é lindo amar.
E que nos enche de vida todo o momento que ainda está por vir.
E que nos fazem olharmos uns aos outros com um algo a mais que nos faça rir.
Rir da vida é um remédio e tanto nos momentos de pranto
Quando todas as portas parecem fechadas
Quando todos os gestos parecem fachada
para ocultar o que se sente.
A vida é uma coisa surpreendente.
E se reinventa a cada momento
Ser feliz é algo que vem de dentro da gente.
Não tem data marcada, não avisa com antecedência e nem pede licença.
Quando ela chega, é porque aquele é o momento pra vida toda que dura pouco.
Mas que esse pouco é muito pra quem tem fé.
E que a nossa fé seja a força que nos mova
Que as histórias de amor real nos comova
Como as histórias dos filmes e livros
E que venha junto com a felicidade, nos ensinar
Que há uma vida de surpresas lá fora pra quem ainda puder amar.
E todos nós ainda podemos, se para isso, ainda manter forte a capacidade de acreditar
Acreditar em dias melhores, em acasos, em nós mesmos, no mundo
Acreditar que bem lá no fundo
Há algo escrito nessa vida, que nos pertence.
Quem acredita, no final sempre vence.
Se a vitória ainda não foi acrescida em mim,
então é porque ainda não chegou ao fim.


O texto acima é um singelo presente do aprendiz à suas queridas amigas: Denise e Amanda, que talvez até sem perceber, me ensinaram muito sobre a vida e me deram uma lição de como salvar uma vida. Meu muito obrigado :)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Desabafos típicos de uma segunda sem intenções.

Este não tem sido um ano muito legal. As perdas, se comparadas com os ganhos foram um número infinitamente  maior. Mas estamos aqui, não é mesmo. Não é isso que os poetas fazem melhor? Escondem suas inquietações no meio de palavras escritas em verso, ritmadas ou não. Perdi pessoas, perdi pessoas para sempre, mas o que mais me tirou o sono até agora, foi ter perdido à mim mesmo em algum lugar do caminho. Cheguei numa daquelas crises curiosas da vida, em que você percebe que vai ser mais um despercebido na multidão, e pior que isso, você se olha no espelho e não reconhece ali o cara que você era uns anos atrás. Eu nunca superei a perda do meu amor. Nunca consegui seguir em frente. E desde então, tudo que tenho feito é um monte de idiotices pra ver se consigo me odiar um pouco mais a cada manhã, e então entender porque ela me deixou. Os meus fantasmas interiores, fizeram virar silêncios todas as poesias de alguns anos atrás. Eu sou, momentaneamente ou não, um grande fracasso. Um grande fracasso assistido de perto por um monte de gente que torceu pra isso. Eu queria tanta coisa simples. parar de fumar, um amor sincero, aprender tocar violão. Não consegui nada disso. às vezes eu quero ir embora daqui sabe, voltar por Uruguai sem nunca mais ter que voltar pra essa cidade e pra tudo isso. Mas o fato é que o problema não são os lugares. São as pessoas. As minhas inquietudes vão ser as mesmas aqui, em Londres, em Madri, no Sertãozinho de Minas Gerais, em Manus não importa. Vai ser sempre eu, e meus problemas na bagagem. 
Certeza mesmo, só tinha Cássia Eller quando disse que somos poetas, mas não aprendemos a amar.
Meu quarto tá uma bagunça, meu coração tá uma bagunça, e eu não descarto a possibilidade de que este seja o último post desse blog. Eu só quero um tempo longe de pressões, de cobranças desnecessárias, de remédios tarja preta e de falta de inspiração. Eu só quero me encontrar pra poder continuar. Eu só quero ser forte pra sobreviver a mais esta fase ruim. E o tempo ruim vai passar, mais cedo ou mais tarde. Tudo passa.